Em bovinos, a principal função do intestino é absorver nutrientes, que serão convertidos em desenvolvimento natural e ganho de peso dos animais, além de contribuir para a produção de leite e carne. No entanto, doenças intestinais, comuns como a Coccidiose, alcalose e outras na pecuária, podem comprometer esse desenvolvimento. Essas enfermidades podem afetar o lucro da criação de gado, seja de corte ou leiteiro.
Dentre os problemas intestinais, a coccidiose tem sido caracterizada como uma das ocorrências mais severas. Esta doença é causada por um protozoário do gênero Eimeria, que pode infectar os animais por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados.
Doenças intestinais são uma preocupação constante para produtores de gado. Afetando gravemente o bem-estar do rebanho, essas doenças também podem ter um impacto significativo na lucratividade do negócio, devido ao custo do tratamento e à queda na produção. Neste post, falaremos sobre as principais de doenças intestinais em bovinos, suas principais causas e como elas impactam a lucratividade.
Principais causas de doenças intestinais em bovinos
As doenças intestinais no gado podem ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo parasitas, bactérias e vírus. Além disso, a alimentação inadequada, como uma dieta desbalanceada ou a ingestão de alimentos contaminados, pode levar a desordens intestinais. Ambientes sujos ou estressantes também podem aumentar a vulnerabilidade do rebanho a essas doenças.
Escolher a suplementação adequada ao rebanho é essencial para determinar o desempenho dos animais. Da mesma forma, a estrutura de cocho de um sistema pecuário é uma importante ferramenta para garantir a qualidade dos suplementos e ganho dos animais. Consequentemente, ele é importante para gerar um impacto financeiro positivo para o negócio como um todo.
- Alcalose ruminal;
- Coccidiose
- Abscesso reticular;
- Deslocamento do abomaso à esquerda e a direita;
- Retículo peritonite traumática (RPT).
As doenças intestinais em bovinos podem ser causadas por uma variedade de fatores. Entre eles, parasitas, bactérias e vírus se destacam como os mais comuns. Uma das doenças intestinais mais severas é a coccidiose, causada por um protozoário do gênero Eimeria, que pode infectar os animais através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
Além dos agentes patogênicos, a alimentação inadequada também se apresenta como uma das principais causas de distúrbios intestinais. Uma dieta desequilibrada ou a ingestão de alimentos contaminados podem levar a uma variedade de problemas, que vão desde diarreia até condições mais graves como o timpanismo (inchaço devido ao acúmulo de gases) e a acidose ruminal (queda no pH do rúmen devido ao consumo excessivo de grãos).
Ambientes sujos ou estressantes também podem aumentar a vulnerabilidade do rebanho a essas doenças. Cochos mal feitos ou sujos, por exemplo, podem contaminar alimentos e água, tornando-os impróprios e perigosos para o consumo do gado. O estresse causado por superlotação ou manejo inadequado pode comprometer o sistema imunológico dos animais, tornando-os mais suscetíveis a doenças.
Alcalose Ruminal
A alcalose ruminal é um distúrbio metabólico que ocorre quando o pH do rúmen dos bovinos se torna excessivamente alcalino, geralmente acima de 7. Normalmente, o pH do rúmen deve ser mantido entre 5,5 e 7 para promover a atividade microbiana ideal e a digestão dos alimentos. Quando o pH do rúmen se torna muito alto, isso pode levar a uma série de problemas, incluindo ineficiência na digestão e problemas de saúde.
Causas da Alcalose Ruminal
A causa mais comum de alcalose ruminal é uma dieta rica em cloreto de sódio ou bicarbonato de sódio. Estes são frequentemente usados como suplementos de ração para gado, mas quando administrados em excesso, podem levar a um aumento no pH do rúmen. Outras causas podem incluir a ingestão de grandes quantidades de água, em particular se a água é alcalina.
Sintomas e Tratamento
Os sintomas da alcalose ruminal podem variar, mas geralmente incluem perda de apetite, queda na produção de leite, perda de peso e depressão. Em casos graves, a alcalose ruminal pode levar a distúrbios neurológicos e até mesmo a morte.
O tratamento para a alcalose ruminal envolve, principalmente, a modificação da dieta. Isso pode incluir a redução da ingestão de sódio e a introdução de alimentos que ajudem a baixar o pH do rúmen. Em alguns casos, pode ser necessário administrar medicamentos para ajudar a reduzir o pH do rúmen.
Coccidiose Bovina
A coccidiose bovina é uma doença parasitária grave que afeta o intestino dos bovinos e é causada por um protozoário do gênero Eimeria. Esta doença, muitas vezes subestimada, pode ter impactos significativos na saúde e na produtividade do rebanho, levando a perdas econômicas consideráveis. Esse parasitose é um dos mais importantes gêneros causadores de problemas gastrointestinais em bovinos de todo o mundo.
O principal desafio relacionado a coccidiose nos sistemas de produção, está relacionado a bezerros de até um ano de idade. Entretanto, em ambientes de alta densidade populacional, podem acometer animais adultos.
O que é a Coccidiose Bovina?
A coccidiose bovina é uma doença parasitária que afeta principalmente bezerros, mas também pode infectar animais adultos. Durante o ciclo de vida do parasita, ocorre uma destruição das células do intestino do animal, o que compromete a absorção de nutrientes e impacta negativamente o desenvolvimento e crescimento do animal.
Sintomas da Coccidiose Bovina
O principal sintoma da coccidiose é a diarreia, que geralmente tem um aspecto “colento”, ou seja, as fezes ficam grudadas na cauda do animal. Em casos graves, a doença pode levar à morte do animal por desidratação. Além disso, os animais afetados geralmente apresentam falta de apetite e redução significativa do crescimento. Em casos mais graves, é possível encontrar sangue nas fezes dos animais afetados, o que aumenta o risco de óbito.
Como ocorre a infecção pela coccidiose?
Sistemas mais intensivos, com grande densidade de animais, geram em sumo, ambientes mais contaminados, úmidos, com grande acúmulo de matéria orgânica. Também em bebedouros, predispondo a contaminação dos animais.
A contaminação dos animais pela Eimeria ocorre quando há a ingestão de oocistos esporulados da Eimeria, ao ingerirem água, alimentos ou até mesmo lambendo outros animais, onde bezerros ingerem junto os oocistos esporulados advindos de animais infectados.
Por sua vez, os animais infectados irão eliminar nas fezes novos oocistos, que se tornam esporulados e ficam viáveis por um longo período de tempo no ambiente. Temperaturas superiores a 35ºC, baixa umidade e exposição a luz solar, tornam esses oocistos inviáveis.
Por esses motivos, manter ambientes, limpos e secos, são um grande auxílio contra a infecção por eimeria.
Tratamento da Coccidiose Bovina
O tratamento da coccidiose bovina é realizado através de medicamentos específicos, chamados coccidiostáticos, que ajudam a controlar a reprodução do parasita. No entanto, é importante ressaltar que os danos causados no intestino pelo protozoário são irreversíveis, portanto, o tratamento ideal é sempre a prevenção.
Prevenção da Coccidiose Bovina
A prevenção da coccidiose bovina inclui a manutenção de boas práticas de manejo e higiene, evitando a superlotação e garantindo que os animais tenham acesso a água e alimentos limpos. Além disso, existem vacinas que podem ser administradas para ajudar a proteger o rebanho contra a doença.
Diarreia: principal sintoma da coccidiose
A diarreia, geralmente com aspecto “colento” (as fezes costumam ficar grudadas na cauda do animal), é o principal sintoma clínico da coccidiose. Em casos graves, pode levar à morte do animal por desidratação.
A coccidiose também tem alto potencial para afetar animais jovens, especialmente bezerros. Os sintomas mais comuns da coccidiose em bezerros são:
- Diarreia de cor escura e aspecto “colento”;
- Falta de apetite;
- Redução significativa do crescimento animal.
Além disso, quando a ruptura das células é mais profunda, é possível encontrar sangue nas fezes dos animais afetados, aumentando o risco de óbito.
Apesar desses sintomas, a coccidiose é conhecida como uma doença silenciosa, pois a maioria dos bezerros infectados não apresenta sinais clínicos visíveis. No entanto, a doença pode causar atraso no desenvolvimento dos bezerros, sejam eles destinados ao abate ou à produção leiteira.
Abscesso Reticular
O abscesso reticular é uma condição que ocorre quando uma infecção se desenvolve na parede do retículo, uma das seções do estômago dos bovinos. Esta infecção geralmente resulta na formação de um abscesso, que é uma coleção de pus. Se não for tratado, o abscesso pode romper e levar a uma série de outros problemas de saúde, incluindo peritonite e doenças do coração.
Causas do Abscesso Reticular
A principal causa do abscesso reticular é a ingestão de objetos estranhos, como pedaços de metal ou arame, que podem perfurar a parede do retículo. Esta é uma ocorrência particularmente comum em bovinos que pastam em áreas onde tais objetos podem estar presentes. Uma vez que a parede do retículo é perfurada, bactérias do rúmen podem entrar na lesão e causar uma infecção.
Sintomas e Tratamento
Os sintomas de um abscesso reticular podem variar dependendo da gravidade da condição. No entanto, os mais comuns incluem perda de apetite, perda de peso, febre e letargia. Além disso, o animal pode apresentar uma postura arqueada e relutância em se mover devido à dor.
O tratamento do abscesso reticular geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remover o abscesso e o objeto estranho. Durante o processo de recuperação, é importante monitorar o animal de perto para garantir que ele está se alimentando adequadamente e se recuperando bem.
O deslocamento do abomaso é uma condição que afeta bovinos, principalmente em vacas leiteiras de alta produção. O abomaso, que é uma das quatro câmaras do estômago dos ruminantes, pode se deslocar para a esquerda ou para a direita, levando a complicações significativas que podem afetar a saúde e a produtividade do animal. Neste post, discutiremos o deslocamento do abomaso à esquerda e à direita, suas causas, sintomas e tratamento.
Deslocamento do abomaso
O abomaso é a quarta câmara do estômago dos ruminantes, onde ocorre a digestão. O deslocamento desta víscera para esquerda ou direita é uma doença metabólica comum em rebanhos leiteiros de alta produção mundialmente.
A víscera muda sua posição normal para a posição entre o rúmen e a parede abdominal, ocorrendo principalmente em animais 21 dias após o parto. O diagnóstico é complexo devido à semelhança dos sintomas com outras doenças, como a acidose ruminal subclínica e outras doenças inflamatórias.
Sintomas Deslocamento do abomaso
De acordo com o médico veterinário da Equipe Leite do Rehagro, Nathan Fontoura, em uma matéria publicada no site e na revista Balde Branco, edição 637, de novembro de 2017, os sintomas de deslocamento do abomaso incluem:
- Diminuição progressiva da produção de leite;
- Redução de apetite;
- Queda de consumo;
- Desidratação;
- Auscultação de um som característico de deslocamento (cerca de 90% ou mais dos casos ocorrem do lado esquerdo);
- Suspeita da doença quando o animal não reage ao tratamento de cetose.
Principais causas deslocamento do abomaso
A médica veterinária Renata de Oliveira Souza Dias, em uma publicação na Milkpoint, explica que existem várias teorias para o deslocamento do abomaso, sendo as mais citadas:
- Queda na ingestão de matéria seca (causada, por exemplo, por metrite, mastite, etc.);
- Acetonemia;
- Consumo de dietas com grande quantidade de grãos e baixa quantidade de fibra efetiva;
- Mudanças drásticas na dieta;
- Partos gemelares;
- Hipocalcemia.
Nathan Fontoura também destaca pontos importantes no período de transição das vacas para o controle e tratamento desta doença:
Controle Deslocamento do abomaso
- Boa dieta no período de transição: “[…] o segredo da prevenção está no período de transição […] as vacas devem ingerir entre 2 e 3 kg de concentrado nos 21 dias anteriores ao parto. Dessa forma, se consegue prevenir a acidose subclínica […] e também a hipocalcemia.”
- Evitar animais em balanço energético negativo;
- Garantir aos animais uma fonte de fibra efetiva;
- Controle de manejo do lote pós-parto;
- Separação dos lotes de primíparas e multíparas;
- Horários de fornecimento de alimentação para o rebanho;
- Fornecimento de uma solução de 30 litros de água com minerais perdidos (administrada por sonda na boca da vaca);
- Fornecimento do drench pós-parto.
Tratamento Deslocamento do abomaso
No tratamento, é preciso atenção para:
- Rolamento da vaca, impactando na produção de leite devido à recuperação mais lenta;
- Cirurgia;
- Consciência de que nenhuma das técnicas permite identificação correta do local a ser fixado;
- Segurança do cirurgião;
- Nutrientes e hidratação.
É importante notar que o deslocamento de abomaso é uma doença facilmente prevenível com um bom manejo da dieta no pré-parto e no pós-parto do rebanho.
Outro fator importante é estar atento ao histórico do animal, investigando patologias não tratadas que podem ter causado a doença.
Retículo peritonite traumática (RPT)
A retículo pericardite, comum em bovinos leiteiros maduros, causa estase do trato gastrointestinal. Ocorre quando o gado ingere objetos estranhos, normalmente em pastos com cercas enferrujadas ou novas construções. Objetos metálicos ingeridos podem perfurar a parede do retículo, causando contaminação e possivelmente peritonite.
Os sintomas iniciais incluem atonia ruminoreticular, queda na produção de leite, febre leve, dorso arqueado, relutância em se mover, e dor ao defecar, urinar ou deitar. Na fase crônica, sinais de dor abdominal tornam-se menos aparentes e a temperatura retorna ao normal.
O diagnóstico baseia-se no histórico e sinais clínicos. Exames laboratoriais, ultrassonografia e radiografia podem ser úteis, mas não são sempre necessários. Detectores eletrônicos de metal podem identificar metal no retículo.
Tratamento Retículo peritonite traumática
As vacas afetadas devem ser confinadas por 1-2 semanas; colocá-las em um plano inclinado (elevado na frente) é considerado por alguns para limitar a penetração adicional do objeto estranho, mas faltam estudos de apoio. A terapia de suporte, como fluidos orais, deve ser administrada conforme necessário. A inoculação ruminal (4-8 L de fluido ruminal de um doador saudável) é benéfica em alguns casos com estase ruminal prolongada e perda da flora normal.
Casos mais avançados, aqueles com complicações secundárias óbvias, ou aqueles que não respondem ao tratamento clínico ou cirúrgico inicial devem ser avaliados do ponto de vista econômico; se a vaca for de valor limitado, o abate deve ser considerado se for provável que a carcaça passe na inspeção.
Prevenção Retículo peritonite traumática
As medidas preventivas incluem evitar o uso de arame farpado, passar ração sobre ímãs para remover objetos metálicos, manter o gado longe de locais de novas construções e remover completamente cercas e outras instalações antigas. Além disso, ímãs de barra podem ser administrados por via oral, preferencialmente após jejum de 18 a 24 horas. Normalmente, o ímã permanece no retículo e mantém quaisquer objetos ferromagnéticos em sua superfície. Há boas evidências de que dar ímãs a todas as novilhas e touros de reposição de rebanho com cerca de 1 ano de idade minimiza a incidência de retículo pericardite traumática.
Impacto na Lucratividade
As doenças intestinais no rebanho podem ter um impacto direto na lucratividade do negócio. Elas resultam em custos extras com tratamento veterinário e podem reduzir a produtividade do gado, devido à perda de peso, redução do crescimento e baixo desempenho. Além disso, animais doentes podem precisar ser isolados ou até mesmo descartados, o que também afeta o rendimento geral da produção.
O tratamento das doenças intestinais pode ser caro e, em muitos casos, pode ser necessário afastar o animal doente do restante do rebanho para evitar a disseminação da doença, o que significa uma perda adicional de produtividade. Além disso, animais doentes tendem a ter um desempenho inferior em termos de produção de leite ou carne, impactando ainda mais a lucratividade.
Conclusão
Cuidar do bem-estar intestinal do rebanho é fundamental não apenas para a saúde dos animais, mas também para a lucratividade do negócio. Doenças intestinais podem ser devastadoras para a produção, mas a maioria delas pode ser prevenida com manejo adequado e atenção à saúde dos animais.
Investir em prevenção, como a manutenção de um ambiente limpo, a oferta de uma alimentação balanceada e a prevenção da superlotação, pode evitar o aparecimento dessas doenças. Além disso, é importante realizar um controle sanitário regular do rebanho, a fim de identificar e tratar possíveis doenças de forma precoce.
Ao garantir a saúde intestinal do rebanho, é possível melhorar a produtividade e a lucratividade da produção, garantindo a sustentabilidade e o sucesso do negócio pecuário a longo prazo.
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